Rede de Comunicações de Dados - UECEnet

Este documento tem por finalidade estabelecer uma orientação para as diversas possibilidades de ampliação da estrutura básica da Rede UECEnet e a implementação de novas subredes e focalizará, basicamente:

  • a infraestrutura existente
  • os procedimentos para implementação de subredes
  • a especificação dos dispositivos de conectividade da rede e do cabeamento
A rede de comunicações de dados que atende à UECE (Rede UECEnet) foi projetada e desenvolvida tendo como base os seguintes parâmetros:
    - o grande potencial de expansão inerente ao tipo de infraestrutura escolhida,
    - a possibilidade de descentralizar o tráfego através da conexão de subredes,
    - a diversidade de sistemas utilizados nos diferentes setores,
    - facilitar a administração desses sistemas .

Planejada para ter, inicialmente, pontos de chegada ou acesso em áreas ou blocos de agregação dos diversos setores acadêmicos, devido ao crescimento incontestavel da Universidade tem agregado um interesse acelerado na conexão de equipamentos à rede gerando a necessidade de uma constante reengenharia do sistema que não pode prescindir da obediência aos padrões estabelecidos nas normas técnicas

Infraestrutura
A infraestrutura atual consiste de um tronco principal de alta velocidade em fibra ótica multimodo, formando uma espécie de espinha dorsal conhecida como backbone e onde estão inseridos os dispositivos de conectividade de rede e os diversos servidores.
Essa estrutura está implementada no padrão Fast Ethernet possibilitando uma banda de 100 Mbps.
Ao backbone estão conectados dispositivos roteadores/comutadores que interligam as subredes e estas à rede Internet.
O backbone de alta velocidade abrange grande parte da área do campus da universidade como mostra a figura (Foto).

A distribuição para subredes nos orgãos sediados no campus é feita utilizando-se o padrão Ethernet (IEEE 802.3) a 10Mbps ou a 100Mbps, utilizando como meio físico cabos de par-trançado não blindado (UTP nível 5e).

Fora do raio de abrangência do campus do Itaperi a solução de conectividade depende, em princípio, da distância e do número de estações a serem interligadas.
Para conexão de estações remotas recomendamos a utilização de uma linha telefônica discada e do Servidor de Acesso Remoto ao provedor da Universidade.

Para sub-redes remotas a solução utilizada consiste na interligação através de linha privativa de dados da concessionária telefônica com velocidade mínima de 64Kbps, conectando as redes através de roteadores.

Procedimentos adotados para a conexão à Rede UECENET
A ampliação da Rede UECEnet nos campi interligados da capital envolve procedimentos técnicos, administrativos e operacionais.
Procedimentos administrativos
Os procedimentos administrativos estão afetos à área admiministrativo-financeira da FUNECE (DA, DEMAP, DECOFIN, PREFEITURA) e incluem as solicitações:
  • de recursos financeiros,
  • de aquisição de material permanente e insumos de informática,
  • de obras, serviços de engenharia, instalações, manutenção e outros serviços de terceiros
Procedimentos técnicos/operacionais
No tocante aos aspectos técnicos a estrutura física das novas conexões à rede deve obedecer aos padrões e normas técnicas de engenharia e levar em consideração as especificações e configurações padronizadas.

1. Havendo disponibilidade de conexões físicas a operacionalização da conexão lógica é implementada pelo DI, mediante solicitação do interessado em Modelo disponível na Intranet e consiste de 3 etapas:

    a) verificação do atendimento às normas vigentes e aos padrões técnicos à luz do projeto existente;
    b) alocação de enderêços
    c) configuração do computador e dos componentes de conectividade
2. Não havendo disponibilidade de conexões físicas o setor interessado deve, preliminarmente, encaminhar ao Setor Administrativo competente uma solicitação de serviços de conexão à rede utilizando o Modelo disponivel na Intranet
Parâmetros de projeto

Número de pontos a conectar

A quantidade de estações de trabalho (computadores que utilizam serviços de rede) a serem conectadas deve prever futuras expansões a médio prazo. Esta estimativa é de grande importância para a decisão sobre qual das formas de ampliação será usada. Tipos de conexão Com base no número estimado de estações, na configuração atual do backbone e nos recursos disponíveis, poderão ser escolhida as seguintes configurações:

1- Conexão direta ao "backbone"

Esta é uma solução viável para pequenas expansões (uma ou duas estações) e depende do número de "portas" disponíveis no concentrador (hub) ou comutador (switch) que está servindo ao setor. Como, normalmente, cada dispositivo serve a mais de um departamento o número de portasque podem ser utilizadas é limitado. A utilização de portas disponíveis é controlada pela Divisão de Redes do DI.

2- Conexão ao "backbone" via comutador (switch)

Esta configuração oferece um número maior de pontos de acesso à rede (diretamente no backbone) através da utilização de um comutador. É recomendada quando o número de estações a serem adicionadas excede ao número de portas disponíveis no dispositivo que serve ao departamento. Oferece a possibilidade de formação de "pools" de vários departamentos que podem dividir os custos de equipamentos (comutadores) e as portas disponíveis. A principais restrições são o aumento do trafego no backbone e a limitação do número de estacões que podem ser conectadas diretamente.

3- Conexão com sub-rede

No caso de serem previstas grandes quantidades de estações adicionais a solução recomendada é a criação de uma subrede para o setor ou departamento. Para esta configuração a rede interna poderá ser baseada em servidores Netware ou Unix (ou derivados) que agilizarão os serviços da rede, diminuindo o tráfego de dados pelo backbone, podendo, ainda, oferecer recursos adicionais aos seus usuários.

A utilização de subredes é de grande importância para o aumento do desenpenho da rede como um todo. No entanto, a instalação de uma rede interna no departamento demanda pessoal especializado e haverá necessidade de treinamento para os administradores responsáveis pela subrede. O custo deste tipo de configuração é mais alto que os anteriores, envolvendo a aquisição do hardware e software de rede

Especificação de Dispositivos de conectividade

Para a distribuição de rede local deverão ser usados comutadores (switches) a fim de conter o tráfego local das subredes internamente.
Foram definidos, como padrão, alguns tipos de equipamentos comutadores, de modo a atender subredes com diferentes demandas de tráfego com diferentes tipos de conexão ao backbone.
Todos os equipamentos propostos deverão permitir nativamente (sem a adição de hardware ou software) o protocolo de gerenciamento de redes IP (Internet Protocol) denominado SNMP (Simple Network Management Protocol), para fins de monitoramento da utilização, de colisões e do tráfego no dispositivo.

Para subredes conectadas ao backbone através de par-trançado categoria 5 ou superior (UTP) 10/100 Mbps:

    1. com até 11 ou 23 pontos (estações e servidor):
    - comutador de 12 ou 24 portas "autosensing" Ethernet / Fast Ethernet 10/100 Mbps RJ45.
    2. com mais de 23 pontos:
    - conjunto de comutadores de 24 portas "autosensing" Ethernet / Fast Ethernet 10/100 Mbps RJ45, gerenciaveis, conectados através do backplane - utilizando porta específica para este fim - evitando assim o 'cascateamento' de dispositivos dentro de uma mesma subrede.

Para subredes conectadas ao backbone através de fibra óptica MMF (FOIRL) a 10/100 Mbps, FDDI a 100 Mbps ou ATM a 155 Mbps:

    1. com até 12 ou 24 pontos (estações e servidor):
    comutador de 12 ou 24 portas "autosensing" Ethernet / Fast Ethernet 10/100 Mbps RJ45 com up link com uma dessas soluções: 10BaseFL, 100BaseFL, FDDI DAS, FDDI SAS ou ATM 155 Mbps; a escolha da solução depende da localização da subrede.
    2. com mais de 24 pontos:
    conjunto de comutadores de 24 portas "autosensing" Ethernet / Fast Ethernet 10/100 Mbps RJ45, conectados através do backplane utilizando porta específicas para este fim; neste caso é necessário que pelo menos um dos comutadores tenha um módulo uplink com uma dessas soluções: 10-BASE-FL, 100-BASE-FL, FDDI DAS, FDDI SAS ou ATM 155 Mbps. A escolha da solução depende da localização da subrede.

Futuramente, se houver subredes wireless:

    1. com até 11 ou 23 pontos (estações e servidor):
    - comutador de 12 ou 24 portas "autosensing" Ethernet / Fast Ethernet 10/100 Mbps RJ45.
    - par de rádios com tecnologia SST de 2 a 54 Mbps dependendo da demanda da subrede.

    2. com mais de 24 pontos:
    Conjunto de comutadores de 24 portas "autosensing" Ethernet / Fast Ethernet 10/100 Mbps RJ45.
    Par de rádios com tecnologia SST de 2 a 54 Mbps dependendo da demanda da subrede.

Para esta solução é necessário um estudo prévio para verificar a possibilidade do enlace rádio e da conectividade com o backbone.

Especificação de cabeamento Interno

Meio físico de transmissão (em conformidade com o padrão EIA 568A categoria 5e):
  • Cabo par-trançado não blindado (UTP->unshielded twisted pair>): constituído por fios metálicos trançados aos pares com 4 pares de fios bitola 24 AWG, impedância de 100 ohms.
  • O comprimento máximo de cada segmento de cabo deverá ser inferior a 90 metros. Essa distância deve ser medida do ponto de conexão mecânica no quadro de telecomunicações ou centro de distribuição dos cabos, até o ponto de chegada na área de trabalho (PTR). Os 10 metros de comprimento restantes (norma EIA568A), são reservados para os cabos de estação (station cord ou line cord) e de manobra (patch cord).

  Cabo de manobra

  • Conhecido como patch cord, consiste de um cordão de cabo UTP categoria 5e (enhanced ) composto de fios ultra flexíveis (fios retorcidos) com conectores RJ45 nas extremidades. Sua função é interligar o painel de conexão ao equipamento de distribuição de rede, facilitando as manobras de manutenção ou de alterações de configuração. A montagem dos pinos deve obedecer à codificação de pinagem T568-A. O comprimento máximo previsto para um cabo de manobra é de 6 metros.
Painel de conexão (patch panel)
  • Composto pelo agrupamento de 12 ou 24 tomadas RJ45 na dimensão de 1 UA (unidade de altura) para instalação em gabinetes de 19 polegadas; a montagem dos pinos deverá obedecer à codificação de pinagem T568 A . As tomadas instaladas no painel deverão atender à especificação dos procedimentos de teste da TIA/EIA 568 A. O sistema de terminação do cabo UTP deverá ser preferencialmente do tipo IDC (>Insulation Displacement Contact>), sendo aceitos outros tipos de terminação que mantenham os pares destrançados no limite máximo de 13 mm.
Ponto de telecomunicação (PTR)
  • O ponto de telecomunicação (ponto de estação) corresponde, físicamente, à uma tomada RJ45/8 fêmea; a montagem dos pinos deverá obedecer à codificação de pinagem T568 A. Recomenda-se que seja integrada a esse subsistema, uma caixa de superfície de 4 x 2 polegadas, atendendo aos parâmetros de curvatura mínima e de espaço para sobras.
Cabo de estação (station cord)
  • Consiste de um cordão de cabo com características elétricas idênticas ao cabo UTP categoria 5e, composto de fios ultra-flexíveis (fios retorcidos) com plugs RJ45 nas extremidades, projetado para interligar a estação até o ponto de telecomunicação. A montagem dos pinos deve obedecer à codificação T568-A; a distância máxima prevista para um cabo de estação é de 3 metros.

    A empresa que executar o serviço de cabeamento interno será responsável pelas modificações na estrutura do local e em caso de dúvida deverá contactar o Departamento de Engenharia da universidade para esclarecer dúvidas com relação à planta. Esta deverá se comprometer a entregar um relatório ao término do serviço, contendo o mapa da rede com a tubulação utilizada e a identificação dos pontos e equipamentos de rede.


Rotina administrativa

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Última atualização: 12 DEZ 04